A Árvore da Vida
Eliseu Mocitaíba da
Costa
A grande Árvore da Vida trás em seus galhos os Pomos de Ouro do
Amor-Sabedoria, da Verdade e da Justiça sob a tutela inspiradora da Ciência da
Vida, do Bem Viver, que vai sustentar em todos os níveis aqueles que façam uso
consciente de seus frutos.
Desde o inicio dos tempos foi facultado ao homem a
condição de discernir. O que hoje chamamos de Bom Senso em pretéritas épocas,
era considerado como o que agradava ou não ao indivíduo, no sentido de posse.
Na atualidade já se fala em Ética, Qualidade de Vida, etc. precisando ainda a
presença da espiritualidade para que em verdade se concretize o fato.
No caminhar da evolução, em cada período, vai sendo dado às humanas
criaturas, em dosagens suficientes para o seu crescimento, degraus ou níveis de
informações, de conhecimentos, que lhes proporcionarão condições, se assim o
conceberem, para encontrar o seu verdadeiro Mestre.
Os Pomos de Sabedoria vão sendo distribuídos regularmente entre todos.
Vão sendo assimilados de acordo com o nível de consciência de cada um, embora
alguns ainda precisem de um “mestre ou Guru” que lhes sirvam de condutor ou
guia por certa etapa da vida ou até mesmo por várias delas.
Assim, a consciência vai sendo aprimorada, realizada, sendo que, a conquista,
às vezes, é feita de modo suave e outras tantas de modo doloroso, dependendo do
uso da consciência.
A humanidade cresce através de crises pelos patamares ou degraus da
experiência e da sabedoria. Muitos param no meio do caminho e ali ficam estacionados,
inebriados com o canto da sereia, até que uma personificação do carma lhes
venha sacudir a poeira da mesmisse ou pieguisse e possa, então, retomar as suas tarefas diárias.
Vontade, Amor-Sabedoria e Atividade devem seguir em perfeito equilíbrio.
O Amor-Sabedoria deve servir de fiel nesta balança do Bom Senso, do Bem Viver,
para maior e melhor definição do futuro da humanidade.
Uma triangulação sábia vibrando no aspecto divino, humano e terreno deve
trazer o perfeito equilíbrio tendo como tônica evolucional Trabalhar, Amar, e
Perdoar.
Como conseguir esse equilíbrio? Pela Meditação, Vigilância dos Sentidos
e pelo discernimento. Hoje se fala muito em Qualidade de Vida, Bem-Estar
Social, etc. que, na realidade é um reflexo de processos superiores, de algo que
está muito além, no plano da Ideação e Manifestação Cósmica, mas que paira
sobre todos indistintamente. Entretanto, cada um reage à sua maneira. A Ciência
da Vida nos trás, pela Arte e pela Harmonia dos contrários, um plano de
sustentação na vida do dia-a-dia mais consciente.
Haja vista, a moda, por exemplo.
No passado todos andavam “iguais”, padronizados. Atualmente, cada um faz seu
próprio estilo, naturalmente, revelando que as pessoas de um modo geral já
estão exercendo os seus direitos e deveres no processo de individualização.
Muitos sabem o que querem, portanto, procuram os seus próprios caminhos, e
outros tantos, infelizmente, andam às tontas, desordenados, à procura de alguém
que lhe diga o que pensar, sentir ou fazer.
1
Tudo isso que estamos comentando não está somente entre os mais humildes
financeiramente, mas, em todos os níveis sociais, econômicos e culturais da
sociedade humana. O status do iniciado é um, o da humanidade, bem outro.
Não adianta ler muito, deixar a mente alvoroçada pelas informações, se
os sentimentos seguem a reboque da inteligência, vivendo com ares de sábio,
acumulando aparências, demonstrando ser o que não é,
sendo um lobo com pele de cordeiro. Quanto mais envolve os outros com
“chavões-esotéricos”, mais se desenvolve em carma negativo, engrossando ainda
mais o seu carma particular. Por isso, a quem muito
for dado, muito será exigido. “Tudo boa gente”.
Toda a atenção é pouca: a inteligência é o produto de tudo aquilo que
chegou à alma filtrado pelos sentidos, e a Vontade é a
praticidade do conhecimento pelo Bem Viver, que deve ser aferido em si próprio,
na família e na sociedade.
Segundo conceitos indígenas sobre a família assim é dito: “Para se
conhecer uma família, procure observar os cães e as crianças, pois são os espelhos
da casa”.
A esperança da colheita reside na semente, em todos os sentidos,
principalmente, sem excluir ninguém, dos adultos até chegar às crianças.
Portanto, quem não pode ser um bom pai, não poderá dar bons exemplos, e, então,
como pode exigir melhores resultados de seu filho? Em contrapartida, se não foi
um bom filho como poderá ser um bom pai? É só analisar os que dirigem os povos,
as grandes instituições governamentais, etc. para se ter
noção da crise que passa o mundo.
Acesse: www.portaldeaquario.com.br
/ literatura / aulas
2