O Cosmo Tem Consciência

Eliseu Mocitaíba da Costa

 

O Universo, como vida manifestada em seus vários planos e reinos é dotado de uma consciência particular em seu próprio nível de percepção e evolução.

 

Os seres humanos, indistintamente, como representantes dessa natureza,tem essa mesma consciência em latência, apresentada pelo universo. Desde as organizações celulares, que se constituem em órgãos, vísceras e sistemas compondo todos os corpos, desde os seres humanos até os animais, indo unificar-se, de acordo com o nível de consciência em física, psíquica ou espiritual.

 

            Em relação aos reinos da natureza não se percebe quaisquer sinais de consciência advinda ou manifestada nos minerais, entretanto, sabe-se que um elemental ali está adormecido. Entretanto, isso não quer dizer que na pedra não exista vida ou consciência.

 

            A substância universal mais densa, o reino mineral, mantêm aí, também, uma consciência. Portanto, não existe a matéria “morta” ou “cega” da mesma forma que não existe a casualidade.

 

            A Ciência das Idades (Sabedoria Eterna) nunca se prende às aparências, as exterioridades, pois ela se apóia na Essência Única e Verdadeira e nas suas projeções em todos os planos do universo.

 

            O universo originou-se no plano de ideação cósmica e foi elaborado e guiado de dentro para fora, desde os níveis superiores ou mais sutis, até os mais densos.

 

            O microcosmo se apresenta no homem como sua cópia ou miniatura, além de sua manifestação condensada, também pelo nível de consciência.

 

Nele, cada movimento, ação ou gesto voluntário ou não, orgânico ou mental é precedido de uma sensação ou emoção interior, vontade, pensamento ou inteligência que produz uma reação.

 

Como nenhuma reação, movimento ou mudança, pode ser produzida no corpo físico do homem sem que seja provocada por um impulso interior ou por uma destas funções ora citadas, o mesmo acontece com o universo exterior ou manifestado.

 

O Cosmo é completamente dirigido e animado por uma gama quase infinita de hierarquias, de seres ou espíritos de corpos sutilizados, relativa à sua própria missão.

 

Os Dhyan-Choans ou Arcanos são “mensageiros” Cósmicos no sentido de Agentes da Lei do Karma. Suas consciências têm variações ilimitadas em diversos graus e inteligências.

 

São denominados de Espíritos Puros e não possuem nenhum fragmento humano. São designados como “homens perfeitos”. Em seus próprios “mundos” não diferem, moralmente dos seres humanos, senão, pelo fato de não possuírem personalidades e sentimentos grosseiros da natureza emocional humana.

 

Os Dhyan-Choans primordiais ou os mais “evoluídos ou antigos”, que não nasceram como homens, estão isentos desses sentimentos, por que:

a)      Não possuem corpos carnais;

b)      Os seus corpos mais sutis os tornaram menos influenciáveis pela Maya (ilusão).

 

A ilusão torna o falso em verdadeiro, a menos que o homem tenha se tornado um adepto, ou seja, capaz de distinguir as duas Consciências, a espiritual e a física; embora esses dois estados não sejam vivenciados como uma separação distinta como aparentemente acontece com os homens em geral.

 

A característica das Hierarquias Superiores è a individualidade, mas não no sentido de separatividade. Essa Consciência Superior varia quanto ao plano a que pertencem, ou seja, quanto mais se aproximam da região da Homogeneidade e da Essência Única, mais essas características se diluem na Consciência da Hierarquia.

Ao assumir a natureza no sentido abstrato não lhe devemos excluir a consciência, portanto é a emanação da Consciência Absoluta, e conseqüentemente um de seus aspectos manifestados.

 

O homem ignorante da Ciência das Idades pode dizer que não há consciência nas plantas e até mesmo nos minerais, mas o que ele deve conceber é que, na realidade, essa consciência está além de sua imaginação.

Revisado em 28-06-11                           Jornal  A Folha do Papagaio