O Legado de Getúlio Vargas e a Herança da UDN
Introdução
O
presente trabalho visa conhecer um pouco do legado político do grande ser
chamado Getúlio Vargas, analisado através de alguns fatos históricos. Vamos
conhecer, também, quem procurou impedir o seu trabalho, assim como provocar a
sua morte... Morte que resultou no seu holocausto a favor do povo brasileiro.
Neste
nosso trabalho, procuramos mostrar a ação de uma facção ideológica que
prejudicou o governo de Getúlio Vargas, bem como todo o Brasil, e que tinha
como núcleo, o antigo e extinto partido político chamado UDN, o qual, os Verdadeiros
Homens Brasileiros definiam como União
Diabólica Nacional, União dos Negativistas, Unidos
Destruiremos a Nação, União
Demoníaca Nacional,
em razão das ações políticas desse partido.
Tentaremos,
também, mostrar os partidos que, no presente momento, são os herdeiros das facções
políticas da antiga UDN, e o reflexo que foi, para o Brasil, dessa herança
decorrente da oposição udenista.
Iniciamos
discorrendo sobre a polarização ideológica, existente a partir dos anos 50, internamente, no Brasil, e da qual surgiram duas grandes
correntes políticas que ganharam destaque: o Liberalismo e o Nacionalismo.
Liberalismo
O Liberalismo regido pelo pensamento Liberal era defendido pela UDN
(União Democrática Nacional), partido de
orientação conservadora, antipopulista e que fazia oposição ao governo de Getúlio
Vargas.
O
projeto Liberal da UDN é definido como um conjunto de princípios e teorias, que
apresenta como ponto principal, a defesa da liberdade política e econômica.
Liberdade política no sentido de que o
liberalismo é contrário ao controle do Estado na economia. A liberdade econômica
defende a iniciativa privada e a participação do capital estrangeiro na
exploração das riquezas nacionais. Assim a UDN defendia uma fórmula
capitalista liberal e entreguista.
A UDN congregava a elite brasileira, as oligarquias, parte da classe média
urbana e a maioria da imprensa.
A oposição
udenista, encabeçada por Carlos Lacerda para combater o Presidente Getúlio
Vargas, era sustentada pela maioria da imprensa brasileira, representada
principalmente por: jornal O Estado de São Paulo da família Mesquita,
jornal O Globo e Rádio Globo da família Marinho, jornal Diários
Associados de Assis Chateubriand, e jornal Tribuna da Imprensa de
Carlos Lacerda.
Coube
à UDN provocar as mais graves crises institucionais, toda vez que Getúlio
Vargas pretendia instituir reformas na sociedade; para isso, a UDN sempre
procurou atrair para o seu lado, o Exército e capitais estrangeiros.
Nacionalismo
O
Nacionalismo era defendido pelos antigos partidos getulistas: o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro -
não confundir com o atual PTB), e o PSD
(Partido Social Democrático – de Juscelino Kubitschek).
Os Nacionalistas
tinham divergências com os liberais. De acordo com seus princípios, a abertura
total ao capital estrangeiro traria consequências penosas ao país,
principalmente pela fuga de capitais decorrente dos lucros obtidos pelas
empresas estrangeiras, pelo aumento da dívida externa, o que concorreria para
uma dependência externa do Brasil cada vez maior. Abertura apenas para empresas
que geram riquezas e restrição para as que exploram riquezas.
Por isso,
os nacionalistas defendiam um desenvolvimento com prioridade pelo capital
nacional. Para isso o Estado deveria ter um papel de ampla participação na
economia.
Era Vargas
Getúlio
Vargas governou o Brasil em dois períodos: de
O
Estado Brasileiro passou a desempenhar um papel central tanto nos períodos de
governo autoritário (de
Pode-se
dizer que, em seu governo, o Estado cresceu em tamanho, em poder e se tornou o
principal responsável pelo processo de modernização do Brasil. Abriu caminho à
ocupação do território, e estabeleceu a infra-estrutura para o desenvolvimento industrial. Criou as leis
trabalhistas, e começou a redimir o povo brasileiro da servidão às oligarquias,
a que vinha sendo submetido.
Seus
herdeiros políticos mais diretos foram João Goulart, Leonel Brizola e o PTB -
Partido Trabalhista Brasileiro (não confundir com o atual PTB), que falaram em
seu nome após sua morte. Outros, também vinculados ao seu legado, como
Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves.
Diretrizes
do Estado Novo:
Entre
1937 e 1945, duração do Estado Novo, Getúlio Vargas deu continuidade à
estruturação do Estado, orientando-se cada vez mais para a intervenção estatal
na economia e para o nacionalismo econômico.
Em
linhas gerais, o regime propunha a criação das condições consideradas
necessárias para a modernização da nação: um Estado forte, centralizador,
interventor, agente fundamental da produção e do desenvolvimento econômicos.
Seguindo essa linha de pensamento
nacionalista, Getúlio Vargas desenvolveu um sólido projeto para o Brasil, no
qual foram criados nesse período:
Na
Economia:
Conselho
Federal de Comércio Exterior
Conselho
Técnico de Economia e Finanças
Conselho
Nacional do Petróleo (CNP)
Conselho
Nacional de Águas e Energia Elétrica (CNAEE)
Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN)
Companhia
Vale do Rio Doce
Companhia Nacional de Álcalis
Fábrica Nacional de Motores (FNM)
Na
Política e Administração:
Outorgou
uma nova Constituição em 1937
Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP)
Organização
Nacional da Juventude
Fundação
Getúlio Vargas (FGV)
Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Promoveu a
criação junto às indústrias: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI)
Promoveu a
criação junto ao comercio: Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC)
Na Educação, cultura e
propaganda:
Universidade do Brasil (transformou-se depois na
UFRJ)
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Instituto Nacional do Livro
Reforma do Ensino Secundário
Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP)
O
jornal A Manhã
Revista Cultura Política
Programa "Hora do Brasil"
Rádio
Nacional
Rádio
Mauá – a emissora do trabalhador
Instituto
Nacional de Música
Instituto
Nacional de Cinema Educativo
Instituto
Nacional do Teatro
Para os Direitos sociais
e trabalhistas:
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
Ideologia do Trabalhismo
Partido Trabalhista Brasileiro - PTB
Seu
segundo período de governo foi marcado pela retomada da orientação
nacionalista, com a criação, no setor básico da economia, das seguintes
empresas estatais:
-
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico)
- BNB
(Banco do Nordeste do Brasil)
-
Carteira do Comércio Exterior do Banco do Brasil
-
Usina de Volta Redonda
-
Hidrelétrica de Paulo Afonso
-
Eletrobrás
-
Petrobras
-
Dentre outras.
Vargas
já havia despertado para a importância da televisão e pensava em criar a TV
Pública, mas faleceu antes de concretizar seu sonho.
Nesse
período a expressão maior foi a luta para a
implantação do monopólio estatal sobre o
petróleo, com a criação da Petrobras, e sob o lema “O Petróleo é nosso”.
O governo de Vargas sofreu muitos
obstáculos para criar e implementar reformas no país,
pois enfrentou oposição cerrada por parte dos políticos da UDN e da maioria da
Imprensa.
O
estopim da crise que levaria o fim de Getúlio começou quando seu Ministro do Trabalho,
João Goulart (Jango), propôs aumento de 100% para o salário mínimo. A UDN se
agitou. A pressão foi tanta que Jango perdeu o cargo.
Assim, alguns meses
depois, sofrendo forte pressão, durante reunião ministerial realizada na madrugada
de 23 para 24 de agosto de 1954, Vargas se viu confrontado com a
eminência da renúncia, ou então ser deposto. Diante de situação tão
conflitante, suicidou-se com um tiro no coração, deixando uma Carta-Testamento que se tornou
documento histórico, na qual acusa os inimigos da
Nação, como os responsáveis por seu suicídio.
Este trágico acontecimento concorreu
para adiar por 10 anos um golpe que já estava em curso, sob a liderança da UDN.
Também, foi graças a seu gesto que Juscelino Kubitschek pôde eleger-se, assumir a Presidência e nos
proporcionar o grande salto de desenvolvimento
dos anos 50, apesar das constantes ameaças de golpe sofrido por
parte da UDN.
A
herança governamental de Getúlio Vargas permitiu que no presente momento, o
Brasil saísse da crise financeira internacional que se iniciou em 2008. O Ministério
da Fazenda soube aproveitar, com muita habilidade, esses instrumentos de Estado
deixados pela Era Vargas (empresas e bancos estatais, principalmente o BNDES),
para reverter a crise, mover e recuperar a economia
brasileira. Hoje o Brasil é visto pelo cenário internacional por esse sucesso
econômico.
O
que foi mostrado aqui é apenas uma ideia da Era
Vargas, pois o assunto é extenso e existem vários livros sobre o tema,
disponíveis no site da FGV.
Neoliberalismo
Em 1970
surgiu o Neoliberalismo, que é a aplicação dos princípios liberais numa realidade econômica pautada pela
globalização e por novos paradigmas do capitalismo.
Características
básicas do Neoliberalismo:
- mínima participação do estado nos
rumos da economia do país (chamado estado mínimo);
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- mercado é um mecanismo capaz de autorregulação perfeita.
Os críticos
ao sistema afirmam que a economia Neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas
e as empresas multinacionais. (Os países pobres ou em processo de desenvolvimento
(Brasil, por exemplo), sofreram com os resultados de uma política Neoliberal.
Nesses países, são apontadas como causas do Neoliberalismo: o desemprego, os
baixos salários, o aumento das diferenças sociais e a dependência do capital
estrangeiro.
Seguindo
a cartilha Neoliberal, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (
-
AES SUL (CEEE Distribuição) - vendida para a empresa
americana AES;
- BANDEIRANTE Energia - vendida para o grupo Português EDP;
- CELPE
- vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CEMAR - vendida ao grupo americano Ulem Mannagement Company;
- CESP TIETE - vendida para a empresa americana DUKE;
- CETEEP - vendida para a empresa estatal Colombiana ISA;
- COELBA - vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CONGÁS - vendida ao grupo britânico British Gas/Shell;
- COSERN - vendida ao grupo espanhol Iberdrola;
- CPFL - vendida para o grupo brasileiro VBC;
- ELEKTRO - vendida para a empresa americana ENRON;
- ELETROPAULO - vendida para a empresa americana AES;
- ESCELSA - vendida ao grupo português GTD Participações, juntamente com o consorcio de Bancos Iven S.A.
-
GERASUL - vendida para empresa Belga Tractebel;
- LIGHT- vendida ao grupo francês e americano EDF/AES;
-
RGE - vendida para o grupo brasileiro VBC;
- BAMERINDUS - vendido ao grupo britânico HSBC;
- BANCO BANESPA - vendido ao grupo espanhol Santander;
-
BANCO MERIDIONAL - vendido para o Banco Bozano;
- BANCO REAL - vendido ao grupo ABN-AMRO, hoje sob o controle do
grupo Santander;
- BEA (Banco do Amazonas S.A.) - vendido ao Bradesco;
- BEG (Banco de Goiás) - vendido ao Itaú;
-
CARAIBA - Mineração Caraíba Ltda
- CIA. VALE
do RIO DOCE;
-
PQU (Petroquímica União S.A);
- Empresas
de Telecomunicação do grupo TELEBRAS: EMBRATEL, TELESP, TELEMIG, TELERG,
TELEPAR, TELEGOIÁS, TELEMS, TELEMAT, TELEST, TELEBAHIA, TELERGIPE, TELECEARÁ,
TELEPARÁ, TELPA, TELPE, TELERN, TELMA, TELERON, TELEAMAPÁ TELAMAZON, TELEPISA,
TELEACRE, TELAIMA, TELEBRASÍLIA, TELASA. A maioria vendida a grupos
internacionais: espanhol, italiano, mexicano e, algumas a um grupo brasileiro.
“Piores do que os gringos que nos compram são
os brasileiros que nos vendem" (deputado estadual Paulo Ramos – PDT-RJ).
Desde que
foram privatizadas, parte do lucro dessas empresas, em mãos estrangeiras, é
remetida para fora do Brasil, como riqueza não investida aqui. São bilhões de
Dólares em divisas que saem todo ano do Brasil, sem necessidade caso não
tivessem sido privatizadas. Isso é considerado fuga de capital, manobra
prejudicial à nossa economia, balança comercial e, por conseguinte, ao Brasil e
ao povo brasileiro. São riquezas que saem do nosso
país sem o povo perceber... A grande imprensa (mídia) esconde essas
informações, porque ela também é Liberal e recebe investimentos de capital
internacional.
A
privatização nada mais é do que, a transferência de patrimônio ou de riqueza do
povo, para um grupo restrito de pessoas com poder econômico (investidores), sob
o pretexto sagaz de que é uma ótima solução para a sociedade e o Estado. Mas,
quem ganha de fato são apenas os compradores.
Além
do programa de privatização, também foram tomadas outras medidas no sentido de
dar prosseguimento às políticas neoliberais do governo FHC. Dentre elas podemos
destacar que, o monopólio do petróleo,
criado anteriormente por Getúlio, foi quebrado em agosto de 1997. Com a quebra do monopólio, o mercado
brasileiro abriu suas portas para o capital estrangeiro. Com essa mudança
passou a vigorar o modelo de Concessão, no qual a empresa é dona de todo o óleo
ou gás extraído, e paga ao Brasil somente uma taxa
chamada Bônus de Assinatura.
Quando
tomou posse pela primeira vez, em janeiro de 1995, FHC pronunciou um discurso
no qual disse que sua missão seria “acabar com a Era Vargas”. De fato,
vemos que através dessas medidas neoliberais, ele tentou cumprir sua promessa.
O
Neoliberalismo também é o contrário do Nacionalismo. O Neoliberalismo atrofia o Estado, tornando-o vulnerável
financeiramente, além de enfraquecer seu poder político e econômico, necessário
para reverter uma eventual crise financeira e promover o desenvolvimento. No
modelo neoliberal a economia fica praticamente nas mãos do mercado, e este age em
função dos interesses de grupos econômicos e não do país. Existe um marketing
sofisticado em defesa das idéias neoliberais, travestido de desenvolvimento e de
modernidade, cujo argumento confunde e engana os incautos.
Hoje
está comprovado que foram esses mesmos princípios Neoliberais, que permitiram o
desencadear da atual crise financeira internacional, que atingiu,
principalmente, os paises desenvolvidos e aqueles mais Neoliberais, por acreditarem
no livre mercado sem intervenção do Estado.
Essa
crise mundial mostra bem que o Neoliberalismo é uma política injusta, em que os
lucros são divididos entre poucos, e o prejuízo pago por muitos.
Herdeiros da UDN
O desdobramento do partido da UDN deu origem a outros partidos e
carregou essa corrente ideológica LIBERAL até os dias de hoje, pois ela está
presente em determinados partidos, como veremos no final deste tópico.
Após a Era Vargas, a partir de 1954, coube à UDN o
papel de ser a principal promotora das tentativas de golpes que se sucederam
até a vitória com o golpe militar em
Mais tarde foram criados dois partidos: o PDS, como sucessor da ARENA, e o PMDB, no lugar do MDB. Devido uma disputa política, houve uma
dissidência interna no PDS, criando então, os rebeldes, uma ala chamada Frente Liberal, que viria a ser o embrião do partido PFL, criado posteriormente.
Em
1984, durante a Campanha das Diretas-Já,
foi o momento em que puderam ser criados vários partidos políticos. Então, no lugar da extinta ARENA, e do PDS, surgiu o PFL
(Partido da Frente Liberal), e o PPB (Partido Popular Brasileiro).
Assim, o partido PFL ficou como o herdeiro das facções liberais do PDS, da ARENA e da UDN.
Conforme nos ensina a ciência política, quando um partido faz
coligação com outro, há uma espécie de liga ou aliança de seus programas e
doutrinas. Também é fato histórico que o partido PSDB fez coligação com o PFL,
a partir das eleições de 1994. Consequentemente, isso resultou no fato de que o
PSDB absorveu ou assimilou as ideologias liberais do PFL, tornando-se assim,
um partido Neoliberal. Com isso, o
PSDB se fez herdeiro também da ideologia Liberal da UDN...
Alguns críticos e intelectuais, especialmente os de
esquerda, no entanto, pelo fato de o partido PSDB ter implementado
políticas cunhadas como Neoliberais, consideram-no de centro-direita ou
até mesmo de direita. E mesmo considerando a si mesmo um partido social-democrata,
o PSDB não é integrante da Internacional Socialista e defende atualmente,
certas políticas características do Neoliberalismo.
Vimos anteriormente, que a doutrina liberal da UDN, tinha como uma
de suas pautas, ser favorável ao capital estrangeiro e à iniciativa privada. Assim, essa
doutrina foi literalmente colocada em prática pelos partidos PSDB e PFL, durante o governo FHC, através do
programa de privatização e da
quebra do monopólio do petróleo,
como anteriormente vimos, isto é, venderam parte das empresas estatais
brasileiras, para empresas estrangeiras em sua maioria, e abriu as portas para
petrolíferas internacionais explorarem nosso petróleo.
Em
2007, o PFL mudou seu nome para DEM – Democratas, como estratégia
de renovação, e camuflar sua ideologia Liberal.
Assim,
podemos constatar, historicamente, e sem sombra de dúvida, que a herança Liberal da UDN encontra-se hoje nos partidos PSDB e DEM, com adesão
também do partido PPS.
CONCLUSÃO
Como
acabamos de ver, assim como foi na década de 50, o cenário político de hoje é
também constituído de partidos herdeiros da corrente ideológica Liberal. Temos,
contrários a essa ideologia, os partidos Nacionalistas.
E existem também partidos em que seus membros ainda estão divididos entre
Liberalismo e Nacionalismo.
Neste nosso pequeno trabalho, pode-se ver
a ação nefasta dessas forças Liberalistas, mencionadas, indiretamente, pelo próprio Getúlio Vargas, momentos antes de suicidar-se: a Carta-Testamento, que vale a pena ler na íntegra.
Não
podíamos deixar de também mencionar o ex-governador de São Paulo. Adhemar de
Barros, o qual, segundo o Professor Henrique, deveria ser o presidente do
Brasil, a fim de continuar o trabalho de Getúlio Vargas. Forças contrárias,
porém, impediram... Facções da UDN, valendo-se de
difamações e acusações as mais diversas, trabalharam duro contra Adhemar,
conseguindo impedir sua ascensão à presidência da República.
Resumindo, observamos que a partir da Era Vargas, o Brasil sofreu,
por parte da UDN e seus herdeiros,
uma série de ações contrárias, no sentido de tentar impedir que o nosso país
venha a ser preparado para se tornar digno do Avatara, conforme previsto nos
ditames da Lei. Senão, vejamos:
Uma pessoa de valor, como foi Getúlio
Vargas, veio com a missão de preparar o Brasil. Criou ele, então, um sólido trabalho de desenvolvimento
nacionalista, com fortalecimento do Estado, para a modernização do Brasil.
Seu trabalho, porém, foi interrompido pela citada
facção que acabou provocando a sua morte, em 1954. Essa mesma facção, não
satisfeita, 10 anos depois aplicou o golpe militar de 1964, que, então, depôs o
presidente João Goulart, político ligado a Getúlio. Resultado: 21 anos o Brasil
ficou sob regime da ditadura, e isso, com apoio civil dos herdeiros da UDN...
Ao final da ditadura, houve a abertura política através de eleições indiretas,
a qual elegeu Trancredo Neves, político também ligado a Getúlio. Um fato
inesperado, porém, impede a sua posse, e Tancredo morre dias depois. Sai de
cena mais um político que poderia dar continuidade ao projeto getulista. Nos
governos seguintes as dificuldades continuaram, até que um governo dessa mesma
facção ideológica, ou seja, os herdeiros da UDN, conseguiram
governar o Brasil de
O grosso modo tentam impedir que o Brasil, falando político-socialmente, seja preparado para a Era de esplendor que o aguarda.
Quanto à posição política, imagina-se
que, se Getúlio foi um Ser predestinado para essa missão, com a ajuda de mais duas
Pessoas de Valor, então, é no seu legado que nos devemos apoiar e tomar como
referência política. Vimos que o projeto implantado no Brasil, pelo Presidente
Getúlio Vargas, é Nacionalista e bem nosso! Getúlio lançou as bases para uma
forma de Governo que o Brasil precisava e ainda precisa, é só aperfeiçoá-la e
adequá-la aos tempos modernos. Getúlio abriu o caminho a ser seguido e deu o
impulso inicial para o desenvolvimento de um modelo genuinamente brasileiro.
Em
contraposição, a UDN e seus herdeiros, defendiam e ainda defendem os modelos importados: Liberal e Neoliberal, cujos efeitos já conhecemos, e foram
catastróficos para o Brasil. O Prof. Henrique e muitas outras Pessoas de valor
são bem incisivo quando dizem que o Brasil não pode
adotar nenhuma forma de Governo que não seja a sua própria. E que não devemos
copiar nenhum país.
Diante
do que foi possível expor, concluímos que, somente através de um projeto
político de envergadura, como foi o de Getúlio Vargas, é que o Brasil poderá se
elevar ao status de uma grande nação.
Compilado por:
Edivaldo José de Souza Ribeiro -- MG – 16/03/2010
Referência Bibliográficas:
1
– FARIA, A.A.C. e Barrros, E. L. – História Popular –
Getúlio Vargas e sua Época;
2
- SANTOS, Wanderley Guilherme - Décadas de Espanto e
uma Apologia Democrática;
3
- CARONE, Edgard - A República Liberal
II - Evolução Política (1945-1964);
4
– BIONDI, Aloysio – O Brasil Privatizado - Vol. I e II;
5 - História –
Brasil:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/brasil/2003/08/18/002.htm
6
- Liberalismo:
http://www.suapesquisa.com/o_que_e/liberalismo.htm
7
– Liberalismo x Nacionalismo:
http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/liberalismo-x-nacionalismo.htm
8
– De Onde Viemos:
http://gilbertokassab.livejournal.com/
9 - Fundação Getúlio Vargas
http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/apresentacao
10
- Carta Maior - Segundo turno: a história embutida no voto
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15278&editoria_id=4
11-
NOS TEMPOS DA UDN - Um pouco de
história para entender a política atual
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=377MCH001
12 - A Institucionalização do PSDB entre 1988 e 1999
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69092002000200006&script=sci_arttext#tx06
13 - A Crise do Paradigma Neoliberal e o Enigma de
2002
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392001000400015&script=sci_arttext
14
- A regressão do trabalho na “era FHC”
http://www.economiabr.net/colunas/borges/regressao_do_trabalho.html
15
- DEM, PSDB e PPS anunciam aliança para 2010
16 - Revista Brasil Atual – Artigo do jornalista Mauro Santayana
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/16/palmas-para-o-grande-traidor